O prefeito de Ibirité, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, Antônio Carlos Pinheiro, mais conhecido como Pinheirinho (PP), irá revogar o decreto que determina o aumento de seu próprio salário em R$ 3.000, o que levaria os vencimentos a R$ 22 mil mensais. A revogação ocorreu após O TEMPO publicar, na edição desta terça, a decisão do prefeito.
O decreto, que foi publicado um dia antes do aniversário de 53 anos da cidade, também previa a elevação do salário da vice-prefeita, Pastora Dolores (PSDB), em R$ 1.500, e o vencimento de cada secretário municipal teria a alta de R$ 1.342. Por mês, o aumento poderia representar R$ 20,6 mil a mais nos cofres públicos.
Por meio de nota, a Secretaria de Governo e Comunicação Social de Ibirité afirmou que, desde o início de 2013, Pinheirinho “devolve 25% de seu salário para a prefeitura” e que o aumento que havia sido publicado “tem previsão na lei fixadora de subsídio e aprovação do Legislativo”. Mas que, “ciente da situação financeira do município”, o prefeito determinou “que no próximo dia útil, seja publicado um decreto revogando a publicação” que eleva os vencimentos, diz o texto.
A pasta ainda ressaltou na nota que, “dessa forma, está sendo cumprida a legislação e, haverá assim, a negativa do aumento sem qualquer ônus aos cofres públicos”.
A alegação do prefeito foi contestada pelo vereador Toninho da Evangelização (PT). “Ele tomou essa decisão a partir da nossa provocação. Caso contrário, não ia acontecer nada. Por que ele não tomou essa decisão antes?”, questiona.
O vereador ainda diz que Pinheirinho tomou a decisão na calada. “Por que ele não apresentou isso à Câmara? Ele fala nos quatro cantos da cidade que tem crise, e aí quer aumentar os salários? Ele pode ter até aparato legal, mas, no meu entendimento, nesse momento de crise, ele não poderia ter feito isso. Ainda bem que vai revogar”.
Fonte: www.otempo.com.br/